terça-feira, abril 12, 2016

SUCESSÃO MUNICIPAL: QUANTO MAIS CABRA, MAIS CABRITO

Um fenômeno tem-se generalizado pelas mais diversas regiões e municípios do Rio Grande do Norte: É a pluralidade de pré-candidatos a prefeito, não obstante a quebradeira quase geral das prefeituras.

O chororô é grande, mas o apetite para se chegar à Prefeitura, é ainda maior.

A eterna polarização entre verde x encarnado, quase não existe mais. Mas a disputa não desapareceu.
Como explicar tantas pré-candidaturas num cenário de terra arrasada?

De antemão, o próprio desempenho sofrível dos atuais prefeitos, candidatos ou não à reeleição, instiga as pré-candidaturas adversárias. Os potenciais contendores veem sinais de fragilidade suficiente para alimentar o sonho de chegar à Prefeitura.

Sonhar, pode. Mas daí até chegar à vitória, há um longa distância.

Outro ângulo de análise, é que a pulverização de partidos tem facilitado a fermentação dessas postulações, fora do controle das lideranças mais tradicionais, do cabresto coronelista que sempre existiu.

Quanto mais cabras, mais cabritos.

Já não temos mais lideranças como antes. O poder está escapando entre os dedos de muitos líderes políticos.

É nesse cenário, com aprovação popular baixíssima, que muitos prefeitos arrimam um fio de esperança. A esperança de nova vitória direta ou em apoio a um sucessor de sua confiança.
Acreditam que o racha na oposição seja o suficiente para vencer.

E na oposição, enquanto não “cair a ficha”, fica no ar a crença de que pode derrotar o prefeito, por esse estar com grande reprovação.

Dividida, fracionada, a oposição pode ser presa fácil – mesmo para uma máquina pública depauperada e muito prefeito que tem a palavra como risco n’água.

Lá adiante, a maioria deve ser devolvida à realidade. Por uma questão de  bom senso.

Por Carlos Santos