O Brasil teve um saldo negativo entre as contratações e as demissões no mês de outubro deste ano, segundo o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). Os dados divulgados nesta sexta-feira (14) mostram que houve 1,718 milhão de contratações com carteira assinada e 1,748 milhão de demissões. Com isso, foram fechados 30.283 postos de trabalho formais.
Esse é o pior resultado para o mês de outubro desde 1998, quando foram fechadas 64.093 vagas, e o segundo pior nos últimos 12 meses — perdendo apenas para dezembro de 2013, que teve saldo negativo de 449.444 postos de trabalho.
Segundo o Ministério do Trabalho, o resultado negativo pode ser explicado “pela interação de fatores conjunturais, sazonais e climáticos”.
Contribuiu para o desempenho negativo de outubro a queda do emprego em cinco dentre os oito setores de atividades econômicas. Os principais setores responsáveis pela retração do contingente de trabalhadores com carteira assinada foram a construção civil (- 33.556 postos), a agricultura (- 19.624) devido à presença de fatores sazonais relacionados ao cultivo de café, e a indústria de transformação (- 11.849)
Por outro lado, o comércio (com o aumento de 32.771 postos) foi o setor que mais gerou empregos. Em menor medida, vêm os serviços (2.433 empregos criados) e a administração pública (184 postos a mais).
Regiões
Três das cinco regiões do País demitiram mais do que contrataram no mês passado. O Sudeste fechou 29.854 postos de trabalho, o Centro-Oeste teve saldo negativo de 9.471 vagas de empregos com carteira assinada e o Norte demitiu 5.432 trabalhadores a mais do que contratou.
Já as regiões que tiveram resultado positivo não conseguiram diminuir a quantidade de demissões das três regiões. O Nordeste contratou 8.543 pessoas a mais do que demitiu e o Sul criou 5.931 postos de trabalho com carteira assinada.
Por Estados, Alagoas (7.735), Ceará (7.363) e Santa Catarina (4.973) foram os principais contratantes no mês passado. Já São Paulo (- 21.886), Minas Gerais (- 8.331) e Bahia (- 6.207) foram os que mais demitiram.
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