Plenário
da Câmara de Vereadores lotado na sessão de hoje. Até o Padre Neto
esteve presente a sessão que deu novos rumos ao Projeto 403/12 que doa
terreno para construção da sede do Núcleo de Apoio aos Portadores de
Câncer de Alexandria.
Não
poderia se esperar outra coisa. Depois do pedido de vista feito
vereador Germano Jr, na sessão passada, em redes sociais houve
depoimentos de populares cobrando veementemente responsabilidade de
alguns vereadores que foram acusados até de quererem embargar o projeto
por questões políticas. Até o Padre Neto cobrou dos vereadores e
convocou os fieis a comparecerem a sessão da Câmara de hoje na missa de
sábado passado.
Como havia prometido na semana passada, o vereador Germano Júnior apresentou emendas ao projeto. A primeira modifica o Artigo 3º;
O bem imóvel objeto da doação voltará ao patrimônio Público Municipal
caso não seja concluído sua edificação no prazo de 3 anos, ou que seja
destinado a outro fim diverso do especificado na presente Lei;
Parágrafo 1º:
o imóvel citado na presente doação não poderá ser objeto de doação,
venda, hipoteca, penhora ou ser dado em quaisquer outras garantias;
Parágrafo 2º:
em caso de extinção da associação beneficiada o bem objeto da presente
doação retorna ao Patrimônio Público Municipal com todas as edificações e
benfeitorias nele existente.
O
presidente da Casa, vereador Chiquinho Pires, passou as emendas a
Comissão de Constituição e Justiça para serem analisadas e ser indicado o
relator. O presidente da comissão, vereador Carlinhos Sarmento usou a
tribuna para dizer que estavam criando uma celeuma em torno do projeto.
Disse que não podia ser negado o pedido de vista pelos colegas e que os
mesmos precisavam respeitar a lei, pois isso era um estado democrático
de direito. Citou o caso de um irmão que veio batizar a filha e o Pe.
Neto havia impedido o batismo pelos pais não serem casados civilmente.
Da mesma forma a Câmara tinha o Regimento Interno para ser seguido.
Reafirmou não ser contra o projeto.
O
vereador Mazinho disse que a matéria, pelo seu conteúdo, não precisaria
nem terem pedido vista. Alfinetou os colegas Carlinhos Sarmento e
Germano Jr dizendo que tinha ali vereadores mais preocupados com a
politicagem do que com a saúde do povo. Mauricy Abrantes engrossou a
opinião do colega ao dizer que naquela Casa nunca tinha acontecido algo
parecido. "Isso é uma tragédia", finalizou.
O
vereador Germano Jr, disse que nunca afirmou ser contra o projeto e
acusou estarem usando o referido projeto para jogar o povo contra os
vereadores.
Raimundinho também defendeu os colegas dizendo que era preciso respeitar a decisão da Casa e dos colegas.
Vereador Edilberto faz pronunciamento que emocionou a platéia
Ao
usar a tribuna o vereador lembrou que há três anos luta contra um
câncer. Afirmou compreender os colegas que pediram vista e apresentaram
emendas a matéria, mas como portador da doença o seu voto seria de
imediato para aprovação do projeto sem modificações. Pediu a platéia que
ao irem a Natal fossem visitar o Hospital Luiz Antonio e a Casa de
Apoio da Liga do Câncer de Natal. "Se os Senhores forem lá, com certeza
farão doações para construção do Núcleo em Alexandria", emocionou-se.
Finalmente, afirmou que se a aprovação do projeto não fosse de
interesse, ou se não fosse aprovado, ele doaria um terreno para
construção do Núcleo.
O
vereador Chiquinho Pires deu uma aula de conhecimento do Regimento
Interno da Casa. Afirmou não existir entrave para aprovação do projeto.
Criticou aqueles que anunciaram prematuramente a votação do projeto para
hoje, onde só a presidência da Casa tem essa competência. Criticou
também a polêmica formada por algo tão simples de ser resolvido, a
exemplo de insinuarem que até panelaço seria feito para pressionar os
vereadores. Informou que o Executivo não teve o cuidado de mandar o
projeto, que só chegou a Casa no início de setembro, em regime de
urgência. "Isso é um absurdo. Chegaram a noticiar uma votação contra o
projeto", desabafou. Chiquinho ainda citou como exemplo de preservação
do patrimônio público - ao defender a emenda do colega - a doação de um
terreno para construção da Escola 7 de Novembro ao governo do estado. "O
próprio projeto de autoria do Executivo dava um prazo de carência de
dois anos para sua construção." Como o estado não construiu a sede da
escola o terreno voltou ao patrimônio do município. Para finalizar, o
presidente disse que, pelo projeto, o Núcleo estava orçado em R$ 350
mil. "Já houve uma alocação de recursos, através de emenda, do deputado
Antonio Jácome no valor de R$ 150 mil. Faltam R$ 200 mil... Em dezembro
teremos a festa da Padroeira do município. Bem que a Paróquia poderia
fazer a doação da arrecadação da festa em benefício da construção do
Núcleo", concluiu.
A vereadora Corrinha do PT não esteve presente a sessão.
Fonte: Arquivo vip
Fonte: Arquivo vip
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