Jornal Vale do Apodi
Um adolescente de 17 anos, que reside no Sítio Ilha, zona rural de Alexandria, no Alto-Oeste do Estado, procurou o Ministério Público do município para denunciar abuso sexual que vinha sofrendo desde os 7 anos de idade. Segundo informações da vítima, o crime vinha sendo praticado por dois homens há 10 anos.
Após ser comunicado do fato, o Ministério Público acionou o Conselho Tutelar, e a Polícia Civil de Alexandria-RN que iniciou um trabalho de investigação e após confirmar o crime, com o auxílio da Polícia Militar da região, efetuou a prisão dos dois acusados. Segundo o delegado da comarca de Alexandria, Célio Fonseca Oliveira, o menor denunciou que vinha sofrendo abusos e agressões diariamente dos seus vizinhos, acrescentando que João Paulo é primo dele.
Os acusados de estupro foram presos no final da tarde de quarta-feira, 11. Foram detidos: João Paulo de Almeida, 27 anos, e Expedito Gonçalves Abrantes, 68 anos, ambos foram detidos em suas residências na comunidade rural de Ilha. Na casa de Expedito Abrantes, os policiais encontram uma arma de fogo que configurou o crime de posse ilegal de arma.
João Paulo foi indiciado por estupro, tendo como agravante que havia praticado relação sexual com o adolescente no dia em que foi preso. Na delegacia, o adolescente disse que não fez a denúncia antes por medo de ser morto pelos agressores e se disse muito envergonhado por ter sido abusado sexualmente.
PRISÃO PREVENTIVA
Em contato com a GAZETA DO OESTE, o delegado Célio Fonseca adiantou que diante dos fatos, foi solicitada a prisão preventiva de João Paulo e Expedito Gonçalves. O pedido já foi acatado pelo Poder Judiciário do município e a dupla permanecerá detida. O delegado acrescentou que Expedito que é homossexual assumido era de confiança da família e sempre teve acesso livre na casa do adolescente, o que facilitou a prática criminosa.
De acordo com o delegado, Expedito ao ser ouvido na delegacia negou ter abusado do adolescente, mas João Paulo assumiu o crime e inclusive confirmou que havia mantido relação sexual com a vítima no dia em que foi preso. "O adolescente está muito deprimido e a intenção dele era fazer a denúncia no Ministério Público e no dia seguinte ir embora da cidade. Ele disse que se sente muito constrangido com a situação, mas ressaltou que não suportava mais a situação e por isso resolveu denunciar", explicou Célio Fonseca.
(GAZETA DO OESTE)
0 comentários:
Postar um comentário