sexta-feira, outubro 23, 2015

CIENTISTA DA UFRN COMPROVA QUE MARACUJÁ COMBATE A ANSIEDADE E É ANTIDEPRESSIVO

Foto: Divulgação
O maracujá pode combater a ansiedade e a depressão. A conclusão é da pesquisa da doutoranda Adriana Soeiro de Farias Silva Junqueira Ayres, do Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento e Inovação Tecnológica em Medicamentos da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).
Orientada pela professora Elaine Cristina Gavioli, do Centro de Biociências da UFRN, o estudo avaliou o extrato da folha do maracujá. A doutoranda Adriana Ayres explica que muitas espécies de plantas têm atividade sobre o sistema nervoso central e são usadas para tratar doenças. Dentre as plantas medicinais, destaca-se o maracujá, que faz parte do gênero Passiflora cujas espécies têm sido empregadas pela medicina, devido a sua atividade sedativa e tranquilizadora.
“O maracujá tem sido popularmente usado no tratamento de ansiedade, insônia, asma, bronquite e infecção do trato urinário. Além de ser também usado tradicionalmente como analgésico, antiespasmódico e para o tratamento de febres intermitentes e de doenças inflamatórias”, conta a pesquisadora.
Na análise, o extrato da folha do maracujá foi inserido por vias orais em roedores. “Em nossa pesquisa, o extrato aquoso do maracujá promoveu ações antidepressivas. Esses resultados são promissores e apoiam uma ação inovadora, biológica induzida por variedades desse fruto para os futuros estudos”, ressalta Adriana Soeiro.
A pesquisadora analisou os efeitos centrais do extrato aquoso das folhas de espécies de maracujá, em testes comportamentais utilizados para avaliar ansiedade, depressão, sedação e atividade locomotora.
Foi investigado também o efeito antidepressivo do extrato bruto da Passiflora edulis var flavicarpa e do extrato bruto e das subfrações da Passiflora edulis var edulis(espécies de maracujá) em camundongos.
Os resultados demonstram que ambos os extratos compartilham atividades do tipo ansiolítica e antidepressiva. “É comprovado que o maracujá pode ser usado como um fitoterápico para a ansiedade e a depressão”, avalia Adriana Soeiro.
Jornal de Hoje