segunda-feira, fevereiro 23, 2015

TRILHAS DO IMAGINÁRIO POÉTICO - LIVRO DE MANOEL GUILHERME DE FREITAS

Foi com sincera alegria que aceitei o convite para apresentar o livro de poemas TRILHAS DO IMAGINÁRIO POÉTICO, do poeta Manoel Guilherme de Freitas, que é, na verdade, um convite para uma leitura simples e agradável.

Podemos perceber na simplicidade de seus versos a revelação de um cotidiano e os anseios de alguém que contextualiza, delimita o tempo e o espaço, com imensurável poder, não apenas de registro, mas de transformador da sociedade. Nos seus versos encontramos a sabedoria de quem trabalha com literatura e conhece o seu caráter interdisciplinar. São 83 poemas, que tratam do amor, “Amor é comunhão de propósitos”, da vida, “A vida na rapidez moderna, quase não espera” do cotidiano, “Não sei se vou, não sei se fico. Não sei se volto, ou se fico, no corre-corre, deste abismo”. Da educação, “Interação, diálogo, ou imposição? Prazer, excitação em função de uma aprendizagem”, da família, “Não é o ser no ter, é o ter no ser,” do trabalho, “Ócio mecânico que nos consume na labuta diária, sem que se faça nada para mudar a máquina”.
Seus poemas são memórias e discussões da realidade que dialogam entre si e desafiam o pensamento, “Tinha pedra, tinha dúvida e escuro, num tempo remoto e obscuro. Nasce o homem, nasce gente.” É assim que se expressa no seu poema Presidente. O poeta fala ainda de lembranças, “Dor, que deveras sinto. Dor, que não me acalenta, apenas reforça a ausência existente”, do alimento, “É gástrico, puro combustível, que ajuda o equilíbrio de uma vida saudável” e da arte, “Nas memórias, nas reminiscências, do cotidiano de um poeta que precisa de espaço, de mídia, de publicação para se tornar um cidadão, nos corações dos seus vários leitores”, sem esquecer o amor o poeta se deleita nos versos “Vivo, sofro, levanto, busco horizontes, Será que consigo? É um tédio, uma melancolia que se renova a cada dia”.
TRILHAS DO IMAGINÁRIO POÉTICO é uma grande contribuição, para os dias atuais, pois trata  de temas como alteridade, respeito e diversidade, mostrando assim, que a cultura deve estar sempre presente, sem exclusão na sociedade. Parabéns poeta!

Profª Drª Maria Edileuza da Costa

Manoel Guilherme ao lado de seus familiares no lançamento de seu livro.