sábado, agosto 23, 2014

DESCONTROLADO: ARAKEN CRITICA POSTURA "AGRESSIVA" DE ROBINSON NO DEBATE ENTRE CANDIDATOS

Araken Farias, candidato do PSL ao Governo do Estado, declarou ter ficado surpreso com os ataques feitos a ele pelo candidato do PSD Robinson Faria, durante o debate realizado na última quarta (20) na 95 FM, e criticou a atitude do seu oponente. Segundo Araken, Robinson demonstrou uma postura “agressiva, descontrolada e descompensada”. “Um candidato com uma postura agressiva, descontrolada e descompensada para o Governo do Estado é algo inaceitável porque não é esse tipo de postura que o eleitor espera”, criticou.
As agressões de Robinson, segundo Araken Farias, começaram quando o candidato do PSD foi confrontado, no debate, com o seu passado político. “Robinson diz que é ‘acordão’, mas ele fez o ‘acordinho’. O candidato ficou chateado quando eu lembrei que ele aderiu a todos os governos desde que virou deputado estadual”, pontuou.
“Então, Robinson não tem condição de fazer nenhuma crítica nesse sentido porque aderiu a todos”, relembra Araken. Após o discurso de Araken no debate, Robinson acusou o candidato do PSL de ter feito parte do Governo Rosalba por indicação política. “Minha indicação foi técnica e eu tenho orgulho de ter feito parte do Procon”, afirma Araken.
Segundo Araken, Robinson Faria foi eleito deputado estadual pela primeira vez em 1986 e apoiou o governo de Geraldo Melo. Na eleição seguinte, apoiou Lavoisier Maia para governador do Estado, cuja candidatura foi derrotada pelo atual senador José Agripino. Robinson anunciou apoio ao Governo de José Agripino antes mesmo da posse.
Araken lembra ainda que, com a vitória de Wilma de Faria, em 2002, Robinson passou a apoiá-la. Com o aval e o trabalho de bastidores da governadora, tornou-se Presidente da Assembleia legislativa por oito anos. Robinson rompeu com Wilma no final de 2009 para fazer parte da candidatura de Rosalba Ciarlini. É onde também entra o ex-governador Garibaldi Filho, apoiado por Robinson e seu companheiro na chapa majoritária e eleito Senador com mais de 1 milhão de votos.
Rompimento de Robinson com Rosalba,  segundo Araken, não é “verdadeiro”
“Ele diz que rompeu com Rosalba, mas não renunciou ao próprio cargo de vice-governador. Por que ele não renunciou? Diz que rompeu e continua lá na vice-governadoria recebendo o salário todos os meses e com todos os cargos que a vice-governadoria tem e as benesses do Estado do Rio Grande do Norte”, avalia Araken Farias, para quem o vice-governador Robinson deveria ter renunciado para ter condição moral de criticar o atual governo de Rosalba. “Quando eu fui me candidatar, entreguei o meu cargo. Ele deveria ter feito o mesmo”, complementa.
Segundo Araken, em 1982, ao apoiar a candidatura de Aluizio Alves ao Governo do Estado, o então vice-governador Geraldo Melo não só subiu no palanque da oposição como renunciou em Ceará-Mirim, sua terra natal, ao cargo para o qual fora indicado junto ao então governador Lavoisier Maia.
Araken Farias lamenta que o candidato do PSD tenha abandonado a discussão das propostas para melhorar o Rio Grande do Norte para partir para o ataque e a agressividade. “Robinson veio me fazer uma pergunta sobre outro candidato para atacar, para fazer intriga. Ele esqueceu que um debate serve para discutir propostas, para falar sobre o futuro do Estado. Então, eu fiquei realmente surpreso com essa postura agressiva de desrespeito”, lamentou.
“Robinson Faria fala em devolver PMs para ruas, mas têm 14 policiais lotados em seu gabinete na vice-governadoria”
Candidato a governador pelo PSL, Araken Farias diz ter sido o primeiro a levantar a bandeira de acabar com a cessão de policiais militares e devolvê-los às ruas. Agora, no entanto, parece que a proposta “pegou”, e os adversários a ressaltam como se fosse os responsáveis por ela, analisa Araken. “O problema é que, como falam só por falar, sem ter conhecimento real do assunto, Robinson Faria (candidato do PSD ao Governo) e Henrique Alves (nome do PMDB para o Executivo) acabam caindo em contradição”, apontou Araken em entrevista aO Jornal de Hoje.
“Robinson, por exemplo, jamais poderia falar isso. Ele mantém 14 policiais no gabinete dele de vice-governador. Esses PMs deveriam estar nas ruas, talvez tivessem salvado a vida de pais de família que foram assassinados, vítimas da criminalidade só nas últimas semanas”, afirmou Araken. “Esses 14 policiais poderiam fazer patrulhamento em três viaturas. Tem cidade que tem cinco policiais fazendo rodízio, um PM por dia, as vezes. E o vice-governador, sozinho, tem 14”, criticou Araken Farias.
O candidato do PSL ainda ressaltou que esses são policiais militares que são “graduados e pós-graduados, que poderiam estar até na inteligência da PM, ajudando a combater o tráfico de drogas e o crime organizado. A população ganharia muito se eles fizessem o trabalho para o qual foram contratados. Porém, estão cedidos para fazer segurança de políticos”.
Contudo, não foi só o candidato do PSD que “escorregou” ao falar da cessão de PMs. Henrique Alves que, segundo Araken, não tem tal proposta no plano de governo, errou ao dizer que são cerca de 1 mil policiais militares que estão fora das ruas. “São quase 3 mil policiais que deveriam estar nas ruas e estão cedidos, com atestados médicos ou fazendo segurança em presídios, o que representa desvio de função. Henrique não tem conhecimento aprofundado do assunto”, acrescentou Araken Farias.
O candidato do PSL ressaltou que esse são os dados que os adversários deveriam ter “levado para o debate”, para mostrar que “são realmente conhecedores desse assunto e desse problema”. “Na verdade, eles não têm essas propostas, não estudaram realmente esse tema. E não é só na segurança pública. No plano de governo deles também não há medidas para a prevenção da saúde. No meu, há”, ressaltou Araken.
A questão da cessão da PM foi mostrada n’O Jornal de Hoje em matéria feita com Araken Fárias há cerca de duas semanas. No primeiro debate realizado em rádio nesta campanha eleitoral, tanto Henrique Alves, quanto Robinson Faria trataram desse tema e ressaltaram a importância de devolver os policiais para as ruas, como forma de acabar com a violência urbana.

Jornal de Hoje