Bale comemora gol |
Tata Martino insistiu em colocar
Neymar na ponta direita e Iniesta na esquerda, o que comprometeu a
atuação da equipe na maior parte dos 90 minutos. O brasileiro pouco
participava das ações, mas começou a aparecer quando foi deslocado para
seu posicionamento de origem no início do segundo tempo. Messi,
assim como na derrota do fim de semana para o Granada, teve atuação
apagada. Os problemas na defesa também pesaram para a derrota.
Mascherano jogou ao lado de Bartra, que se recuperou de lesão
recentemente e teve o aval do departamento médico para entrar em campo
somente nesta quarta, momentos antes do apito inicial.
Bale
comprovou que não foge da raia quando é acionado para ser a referência
do Real Madrid. Ao lado de CR7, o galês fez sete gols na temporada. Sem o
craque luso, são oito feitos. Foram dele as melhores oportunidades da
equipe de Carlo Ancelotti no clássico.
Bale foi o primeiro jogador a se candidatar ao estrelato na partida. Na
ausência de CR7, todo o peso do sucesso do Real estava nas costas do
galês, que se movimentou bem, alternando o lado esquerdo e o centro do
ataque. O camisa 11 criou duas chances de gol nos seis minutos iniciais.
Na primeira, avançou pela esquerda e chutou perto da trave. Na segunda,
recebeu na área, driblou Mascherano, bateu colocado, mas a defesa
travou a tentativa.
Por causa dos maus resultados nas últimas semanas, o Barcelona estava
mais cauteloso do que de costume e jogava recuado. Até Neymar voltava
para ajudar na marcação. Quando os catalães finalmente se soltaram,
deram espaços generosos no meio de campo, e os merengues aproveitaram.
Aos 10 minutos,
Daniel Alves perdeu a bola no ataque, o time da capital
avançou com rapidez e encontrou Benzema posicionado na ponta esquerda.
Com um ótimo passe, o francês encontrou Di María livre. O argentino
avançou até a área, ficou no mano a mano com Alba, chutou cruzado sem
muita força, mas José Pinto aceitou. 1 a 0 para o Real.
Di Maria comemora gol |
A
vantagem fez os madrilenhos jogarem do jeito que Carlo Ancelotti gosta.
As duas linhas de quatro do meio e da defesa deixavam Messi e Fàbregas
inativos e isolados na faixa central do campo. Neymar e Iniesta recebiam
as bolas com maior facilidade nas pontas, mas como não tinham com quem
jogar, apelavam para os lançamentos para a área, o que, definitivamente,
não é o estilo do Barça. Mas não se pode subestimar um time com tantos
craques quanto os culés. Aos 41 minutos, Messi finalmente resolveu dar o
ar da graça. Iniesta fez grande jogada pela esquerda, driblando Pepe.
Na sequência, a bola sobrou para o camisa 10 arriscar seu primeiro chute
da entrada da área. A bola passou perto da trave.
A desorganização tática do Barcelona seguia evidente na segunda etapa.
Assim como na primeira parte da partida, Bale levou perigo ao gol rival,
aproveitando a fragilidade da defesa. O galês começou com uma bela
jogada, passando por todos que via pela frente e chutando na entrada da
área. A bola tirou tinta da trave.
Do outro lado, Messi errava tudo o
que "produzia". Cobrou falta jogando a bola na arquibancada, deu passes
errados... Nada funcionava. Tata Martino demorou 15 minutos para
perceber que, novamente, havia escalado mal o time. Pedro entrou no
lugar do apagadíssimo Fàbregas. Neymar foi logo para seu lugar, a ponta
esquerda, e Iniesta voltou para o meio de campo.
As mudanças tiveram efeito imediato. Os catalães passaram a jogar
muito mais soltos, pressionaram e chegaram ao gol - ironicamente, de um
modo pelo qual a equipe não está acostumada. Aos 23 minutos, após
cobrança de escanteio, Bartra subiu sozinho e cabeceou para o fundo do
gol, fazendo algo que apenas Piqué parecia ser capaz no elenco culé. Era
um outro clássico. O Real Madrid se encolheu, o time azul e grená
passou a ter o duelo nas mãos, mas não aproveitou.
Neymar em discussão com juíz e jogadores |
Em dois
contra-ataques, os merengues acertaram a trave e fizeram o da vitória.
Modric, aos 35 minutos, chutou de longe e fez a bola parar no poste
direito do goleiro. Quatro minutos depois, o Real roubou a bola na
defesa, e Bale correu como uma flecha na ponta esquerda, deixando Bartra
para trás, e chutou ao ficar de frente para o arqueiro do Barça. No
último minuto, Neymar acertou a trave, mas o dia era dos merengues.
Fonte: Globo.com
Fonte: Globo.com
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