quarta-feira, abril 16, 2014

BALE BRILHA, NEYMAR FICA NA TRAVE E REAL MADRID É CAMPEÃO DA COPA REI

 
Bale comemora gol
Há vida sem Cristiano Ronaldo no Real Madrid. Desfalcado de seu principal astro, que está machucado, os merengues venceram o Barcelona por 2 a 1 no estádio Mestalla, em Valência, e conquistaram a Copa do Rei pela 19ª vez. Bale atuou na função do português, não decepcionou e foi o destaque da partida, fazendo o gol do título após uma longa arrancada do meio de campo até a área. Em noite discreta, Neymar acertou a trave aos 44 da segunda etapa. A perda da taça deixa o Barça em situação dramática na temporada. Eliminado da Liga dos Campeões, o time catalão tem apenas mais uma chance de título, o Campeonato Espanhol. Faltando cinco rodadas para o fim, o Atlético lidera com quatro pontos de vantagem sobre os culés, que também estão atrás do arquirrival madrilenho.

Tata Martino insistiu em colocar Neymar na ponta direita e Iniesta na esquerda, o que comprometeu a atuação da equipe na maior parte dos 90 minutos. O brasileiro pouco participava das ações, mas começou a aparecer quando foi deslocado para seu posicionamento de origem no início do segundo tempo. Messi, assim como na derrota do fim de semana para o Granada, teve atuação apagada. Os problemas na defesa também pesaram para a derrota. Mascherano jogou ao lado de Bartra, que se recuperou de lesão recentemente e teve o aval do departamento médico para entrar em campo somente nesta quarta, momentos antes do apito inicial.

Bale comprovou que não foge da raia quando é acionado para ser a referência do Real Madrid. Ao lado de CR7, o galês fez sete gols na temporada. Sem o craque luso, são oito feitos. Foram dele as melhores oportunidades da equipe de Carlo Ancelotti no clássico.

Bale foi o primeiro jogador a se candidatar ao estrelato na partida. Na ausência de CR7, todo o peso do sucesso do Real estava nas costas do galês, que se movimentou bem, alternando o lado esquerdo e o centro do ataque. O camisa 11 criou duas chances de gol nos seis minutos iniciais. Na primeira, avançou pela esquerda e chutou perto da trave. Na segunda, recebeu na área, driblou Mascherano, bateu colocado, mas a defesa travou a tentativa.

Por causa dos maus resultados nas últimas semanas, o Barcelona estava mais cauteloso do que de costume e jogava recuado. Até Neymar voltava para ajudar na marcação. Quando os catalães finalmente se soltaram, deram espaços generosos no meio de campo, e os merengues aproveitaram. Aos 10 minutos, 
Daniel Alves perdeu a bola no ataque, o time da capital avançou com rapidez e encontrou Benzema posicionado na ponta esquerda. Com um ótimo passe, o francês encontrou Di María livre. O argentino avançou até a área, ficou no mano a mano com Alba, chutou cruzado sem muita força, mas José Pinto aceitou. 1 a 0 para o Real.

Di Maria comemora gol
A vantagem fez os madrilenhos jogarem do jeito que Carlo Ancelotti gosta. As duas linhas de quatro do meio e da defesa deixavam Messi e Fàbregas inativos e isolados na faixa central do campo. Neymar e Iniesta recebiam as bolas com maior facilidade nas pontas, mas como não tinham com quem jogar, apelavam para os lançamentos para a área, o que, definitivamente, não é o estilo do Barça. Mas não se pode subestimar um time com tantos craques quanto os culés. Aos 41 minutos, Messi finalmente resolveu dar o ar da graça. Iniesta fez grande jogada pela esquerda, driblando Pepe. Na sequência, a bola sobrou para o camisa 10 arriscar seu primeiro chute da entrada da área. A bola passou perto da trave.

 A desorganização tática do Barcelona seguia evidente na segunda etapa. Assim como na primeira parte da partida, Bale levou perigo ao gol rival, aproveitando a fragilidade da defesa. O galês começou com uma bela jogada, passando por todos que via pela frente e chutando na entrada da área. A bola tirou tinta da trave. 

Do outro lado, Messi errava tudo o que "produzia". Cobrou falta jogando a bola na arquibancada, deu passes errados... Nada funcionava. Tata Martino demorou 15 minutos para perceber que, novamente, havia escalado mal o time. Pedro entrou no lugar do apagadíssimo Fàbregas. Neymar foi logo para seu lugar, a ponta esquerda, e Iniesta voltou para o meio de campo.

As mudanças tiveram efeito imediato. Os catalães passaram a jogar muito mais soltos, pressionaram e chegaram ao gol - ironicamente, de um modo pelo qual a equipe não está acostumada. Aos 23 minutos, após cobrança de escanteio, Bartra subiu sozinho e cabeceou para o fundo do gol, fazendo algo que apenas Piqué parecia ser capaz no elenco culé. Era um outro clássico. O Real Madrid se encolheu, o time azul e grená passou a ter o duelo nas mãos, mas não aproveitou.
Neymar em discussão com juíz e jogadores

Em dois contra-ataques, os merengues acertaram a trave e fizeram o da vitória. Modric, aos 35 minutos, chutou de longe e fez a bola parar no poste direito do goleiro. Quatro minutos depois, o Real roubou a bola na defesa, e Bale correu como uma flecha na ponta esquerda, deixando Bartra para trás, e chutou ao ficar de frente para o arqueiro do Barça. No último minuto, Neymar acertou a trave, mas o dia era dos merengues.

Fonte: Globo.com

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