segunda-feira, dezembro 09, 2013

QUEBRA - QUEBRA MARCA O FIM DO BRASILEIRÃO - BRIGA ENTRE TORCEDORES DO VASCO E ATLÉTICO PARANAENSE

As imagens da última rodada do Brasileirão foram de brutalidade em um estádio em Santa Catarina. O Vasco enfrentou o Atlético Paranaense na Arena Joinville, mas o futebol ficou em segundo plano. Não havia policiamento dentro do estádio - e integrantes das duas torcidas produziram cenas de vergonha para o futebol brasileiro.
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Aos 16 minutos do primeiro tempo o futebol deu lugar à violência. Torcedores do Atlético Paraense e do Vasco entraram em guerra.
O zagueiro Luis Alberto, em vão, pedia calma aos torcedores. “Um momento muito triste, muito feio para o futebol brasileiro. Acho que alguém tem que tomar providências em relação a isso, providências sérias”, lamentou.
Um torcedor usava uma barra de ferro para agredir outro que já estava caído e desacordado. A polícia controlou a briga com balas de borracha. Mas, até a confusão começar, não havia policiais militares dentro do estádio. Apenas seguranças particulares contratados pelo Atlético Paranaense, o mandante do jogo.
“A gente fica assustado, futebol é um espetáculo. Um jogo envolvendo tanta tensão assim não pode faltar policiamento, não tinha policial nenhum”, disse o jogador Pedro Ken.
Jogadores aguardavam tensos e ansiosos para saber o destino do jogo, que era discutido pelo árbitro Ricardo Marques Ribeiro e o delegado da partida. Dirigentes do Vasco queriam que a partida fosse suspensa, e do Atlético, que ela fosse reiniciada.
“Falei para o árbitro: se acontecer, se eles continuarem com o jogo os responsáveis são eles. Eles não tão respeitando a coisa mais importante que é a vida. Não é rebaixamento ou qualquer outra situação”, afirmou Roberto Dinamite.
“Por que não vai ter jogo? Vai ter jogo”, disse Antonio Lopes.
Três torcedores foram presos e quatro feridos foram levados a um hospital de Joinville, em estado grave. As autoridades investigam agora por que não havia policiamento dentro do estádio. Uma empresa privada fazia a segurança. De acordo com a PM, o motivo foi uma ação do Ministério Público Estadual.
No hospital para onde os torcedores feridos foram levados,familiares e amigos estavam revoltados com a violência. “Infelizmente a torcida do Vasco veio para bagunçar, era o propósito deles porque eles sabiam que já estavam rebaixados. Eles já vieram para briga”, disse um torcedor do Atlético Paranaense.
A Polícia Militar prendeu ainda no estádio três torcedores que teriam se envolvido na confusão. Um deles estava com o pedaço de madeira usado na briga.
Durante o jogo não havia policiamento dentro da Arena Joinville, apenas 80 seguranças contratados pelo clube paranaense. De acordo com a PM, o policiamento não estava sendo feito por conta de uma ação do ministério público estadual.
“Nós também fomos comunicados pelo Ministério Público que há uma ação civil pública correndo em razão de que a polícia militar não se obrigue a colocar policiamento na parte interna por ser um evento exclusivamente privado”, afirmou o comandante do batalhão da PM Adilson Moreira.
Em nota, o Ministério Público afirmou que nunca solicitou a retirada da PM dos estádios, apenas sugeriu melhorias na segurança da arena. O estádio é municipal e foi alugado pelo Atlético Paranense. E, de acordo com a fundação de esportes da cidade, por se tratar de um evento particular, caberia ao clube garantir a segurança do jogo.
“Hoje nós temos um contrato com o Atlético Paranaense, assinado para esse jogo e tambpem do jogo do Náutico, o qual eles têm que se adequar a algumas cláusulas do contrato. Dentre elas estão a questão da segurança, o contato com a Polícia Militar e o pagamento de taxas, o contratação de iniciativa privada como segurança e o seguro de vida do torcedor”, afirma Fernando Krelling, presidente da Felej.
A direção do Atlético Paranaense preferiu não se pronunciar sobre o caso. Os quatro torcedores – dois do Vasco e dois do Atlético Paranaense – foram levados para um hospital.
O estado mais grave é de um jovem de 19 anos torcedor do Atlético Paranaense, que foi transferido para um hospital particular. Continuam internados ainda outro torcedor do Atlético de 24 anos e um torcedor do Vasco de também 24 anos. O estado de saúde deles é considerado mais tranquilo. Um torcedor do Vasco de 29 anos já ganhou alta.

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