sábado, maio 18, 2013

DEPOIS DE MUITO ATRASO, ESTÁDIO MANÉ GARRINCHA É REINAUGURADO


Depois de 1.027 dias desde que o original começou a ser demolido, o Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha, enfim, renasce ao lado do Eixo Monumental. Na manhã de hoje, em cerimônia oficial com a presença da presidente Dilma Rousseff, o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, inaugura a nova arena, que recebe, em 15 de junho, a abertura da Copa das Confederações.
 
Quatro horas e meia depois, os portões se abrem para a torcida. Uns vão para vislumbrar aquela que será a principal casa do futebol na cidade. Outros, para torcer. Não estará lotado, uma vez que a carga máxima de ingressos ficou limitada a 22 mil ingressos. Em campo, Brasiliense e Brasília fazem a finalíssima do Candangão, com vantagem para o Jacaré, que venceu a partida de ida, na semana passada (leia reportagem nas páginas 6 e 7). Não só isso. Cada jogador sonha em escrever seu nome na história. Quem fará o primeiro gol no estádio?

Nas arquibancadas, cerca de 6 mil operários, como José Galbi, que trabalhou nas obras desde o primeiro dia (leia reportagem na página 5), assistirão a mais do que uma partida de futebol. Vão ver a história passar — de quando não havia nada ao monumento pronto. O amante do futebol local, no entanto, ficou fora da festa. Pelo menos dessa. A confusa comercialização de ingressos — apenas 2 mil foram colocados à venda — frustrou a torcida. E alguns daqueles que ganharam convite para o jogo acabaram atuando como cambistas. Como todo evento de grande porte, a inauguração mexerá com o dia a dia da cidade. O trânsito e a circulação de pessoas na região da arena sofre alterações. No futuro, esse é o caminho dos grandes jogos: Santos x Flamengo já no próximo fim de semana e Brasil x Japão em menos de um mês. 

Solenidade restrita

O primeiro chute do novo Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha será dado pela presidente da República. A comitiva de Dilma Rousseff vai desembarcar na arena candanga às 10h, e a agenda da chefe de Estado não prevê nenhum outro compromisso oficial neste fim de semana. Ela deve passar ao menos uma hora no local. O tempo no gramado, no entanto, será menor: cerca de 15 minutos. A cerimônia não será aberta ao público, mas sempre há a expectativa de uma quebra de protocolo. Presente à inauguração de quatro estádios até agora, Dilma não seguiu o texto à risca em dois deles. Em Belo Horizonte, entoou " Mineirão voltou" com os operários. Em Salvador, tirou os sapatos para dar o pontapé inicial da Arena Fonte Nova.

Centro do poder federal, a capital deve receber diversas autoridades na solenidade. A lista de convidados do governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, continha 189 nomes até a noite de ontem. Confirmaram presença o ministro do Esporte, Aldo Rebelo; a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffman e a ministra-chefe da Secretaria de Comunicação Social, Helena Chagas. Todo o Supremo Tribunal Federal (STF) recebeu convites, inclusive o presidente do órgão, Joaquim Barbosa. Entre os representantes do GDF estão o secretário-chefe da Casa Civil, Swedenberger Barbosa; o secretário de Esporte, Júlio César Ribeiro; o secretário extraordinário da Copa, Cláudio Monteiro; e o coordenador da pasta, Sérgio Graça.

Haverá ainda entre os convidados uma "ala técnica" representada por integrantes do Comitê Organizador Local da Copa (COL). Além de observadores do órgão, Brasília receberá o CEO Ricardo Trade. O presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), José Maria Marin, não participará da cerimônia.

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