sexta-feira, novembro 23, 2012

NA RETA FINAL DO JULGAMENTO DO CASO ELIZA, TEM DEBATE ENTRE ACUSAÇÃO E DEFESA


Contagem (Minas Gerais) -  O quinto dia de julgamento do caso Eliza Samudio começa na manhã desta sexta-feira no Fórum de Contagem (MG). Estão previstos os debates, com réplica e tréplica, e a sentença de Luiz Henrique Romão, amigo de Bruno, e Fernanda Gomes de Castro, ex-namorada do goleiro. ‘Sou um arquivo vivo’. A declaração de Macarrão em seu depoimento na madrugada desta quinta, reforça os indícios de que a amizade entre ele e o goleiro Bruno de Souza acabou em ódio.
A reviravolta no relacionamento de 18 anos ficou comprovada no interrogatório de quase cinco horas sobre o desaparecimento e morte de Eliza Samudio, no 2º Tribunal do Júri de Contagem (MG). Cara a cara com a juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues, Macarrão garantiu que o jogador mandou matar a ex-amante, mãe de Bruninho. Para escapar da condenação, os advogados de Bruno preparam a estratégia de ataque ao ex-amigo. O julgamento dele e de Fernanda Gomes, ex-namorada de Bruno, deve acabar nesta sexta.
Macarrão conversa com advogados no quarto dia do julgamento | Foto: Alexandre Brum / Agência O Dia
Macarrão conversa com advogados no quarto dia do julgamento | Foto: Alexandre Brum / Agência O Dia
O depoimento de Macarrão caiu como uma bomba no presídio Nelson Hungria, onde Bruno está preso. Na tarde desta quinta, agentes penitenciários revistaram a cela do jogador e retiraram tudo que ele pudesse usar para tentar se matar. A medida foi por causa de boatos de que Bruno havia cometido o suicídio. A informação chegou ao tribunal, causando tensão, no momento em que Fernanda era ouvida. A magistrada até pediu a saída dos jurados, mas voltou atrás. O pedido era para que os jurados não fossem influenciados.


Pela manhã, os advogados de Bruno estiveram com ele na cadeia durante 40 minutos. “Ele ficou decepcionado com o depoimento de Macarrão e está se sentindo traído”, informou Lúcio Adolfo. À tarde, eles negaram que o atleta tivesse tentado o suicídio.

Para os jurados, Macarrão confessou que levou Eliza para ser morta, mas alegou que a entregou a uma pessoa que não sabia quem era. O promotor Henry Vasconcelos classificou a declaração como mentirosa e para proteger Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, acusado de ser o executor. “Ele tem medo de ser morto por Bola”.

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