terça-feira, novembro 20, 2012

EM DEPOIMENTO, PRESO CONFIRMA QUE BOLA CONFESSOU TER MATADO ELIZA SAMUDIO


O preso Jaílson Alves de Oliveira, uma das testemunhas de acusação, confirmou em depoimento na tarde desta terça-feira (20) que o ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, teria assumido a autoria do assassinato de Eliza Samúdio.
Oliveira também afirmou que foi ameaçado pelo goleiro Bruno no último dia 13 de novembro dentro do presídio Nelson Hungria, em Contagem, onde os dois estão presos. Diante da juíza, ele disse que poderia falar isso "na cara dele".
O preso, então, sentado diante da juíza, olhou para Bruno que estava em um canto da sala, na diagonal direita dele, apontou o dedo e disse: "Ameaçou ou não ameaçou?".
Bruno respondeu: "Nem te conheço, parceiro"

Segundo Oliveira, ele também foi ameaçado em uma delegacia quando foi participar de uma acareação com Bola.Ele contou que nesse dia estava tomando banho de sol na penitenciária quando Bruno passou, indo em direção à enfermaria. Ao vê-lo, Bruno teria feito a ameaça. "Ô Jailton, o que é seu está guardado. Você não sabe com quem está mexendo. Os seus dias estão contados", teria dito o goleiro.
Ele disse que está alojado na enfermaria do presídio por causa das ameaças de morte que tem sofrido.
Oliveira afirmou ainda que conhece o réu Luiz Henrique Romão, o Macarrão, e o ex-motorista de Bruno, que depôs ontem como testemunha, Cleiton Gonçalves.
Ao ser perguntado pela juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues sobre a idade, Oliveira disse ter completado 42 anos nesta segunda-feira (19). "Desejo longa vida ao senhor, como desejo a mim também", disse ela.


Durante o depoimento, Oliveira disse que cumpre pena de por ter sido condenado a 36 anos e sete meses de reclusão, por latrocínio (roubo seguido de morte) e que também foi condenado por "um monte de furtos".
2º DIA DE JULGAMENTO
O segundo dia de julgamento começou com novo tumulto após Bruno pedir que o advogado Rui Pimenta não fizesse mais parte de sua defesa.
Em seguida, o goleiro quis destituir também seu outro advogado, Francisco Simim, alegando que ele defende sua ex-mulher, Dayanne Souza, e que isso poderia causar prejuízo no caso de eventual discordância.
A juíza Marixa Rodrigues não acatou o pedido do réu e desmembrou o julgamento da ex-mulher do goleiro Dayanne. Ele será marcado juntamente com a do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola.
Bruno e Macarrão estão sendo julgados por homicídio, ocultação de cadáver, sequestro e cárcere privado de Eliza. Eles negam a existência do crime, já que o corpo nunca foi encontrado. Também está sendo julgada por sequestro e cárcere privado a ex-namorada de Bruno, Fernanda Castro.

(FOLHA DE S. PAULO)

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